Observatório Feminino

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Autora do livro ‘Hormônios, me ouçam!’ fala sobre menopausa e o pouco debate sobre o tema
26-01-2025
Autora do livro ‘Hormônios, me ouçam!’ fala sobre menopausa e o pouco debate sobre o tema
Desde o início da vida de uma menina falar sobre menstruação é um assunto que costuma ser delicado e considerado um “tabu”. Assim como a menarca - nome designado à primeira menstruação de uma mulher - , a menopausa - fim da menstruação e da fase reprodutiva - é um tema que não é tratado abertamente, o que é um problema visto que a menopausa é um período delicado que afeta não só a mulher como também as pessoas próximas à ela, já que o psicológico é bastante afetado também.Os hormônios provocam muitas alterações na saúde da mulher e alguns sintomas são: fortes “ondas de calor”, diminuição da libído, sintomas depressivos, insônia e secura vaginal. Mesmo com todo esse impacto na vida das mulheres, o assunto da menopausa é pouco difundido e consequentemente gera dúvidas e desinformação.O Observatório Feminino conversa com a escritora e empresária, Leila Rodrigues, que escreveu o livro "Hormônios, me ouçam!", um compilado de crônicas do período em que passou pela menopausa.No livro ela busca tratar do assunto de maneira leve e divertida para “quebrar o tabu” já que, segundo a própria obra- 35% das mulheres têm vergonha de falar que estão passando pela menopausa.Leila fala do caso de “amor e ódio” que viveu durante oito anos com sintomas de enxaqueca, insônia, ganho de peso, calorão, “chororô”, mau-humor e observa como “ninguém prepara as mulheres para essa surpresa da vida".
Caso Robinho e a responsabilização das mulheres vítimas de estupro | Observatório Feminino
17-11-2024
Caso Robinho e a responsabilização das mulheres vítimas de estupro | Observatório Feminino
Após mais de uma década em silêncio, a vítima do caso de estupro coletivo que levou à condenação do ex-jogador Robinho decidiu falar com a imprensa sobre o ocorrido em 2013.Identificada apenas como Mercedes, a mulher de origem albanesa fez seu pronunciamento no documentário O Caso Robinho, produzido pela Globoplay que estreou na plataforma no último dia 30. Protegida por uma iluminação que preserva seu anonimato, Mercedes revelou que “apagou” após o crime, ocorrido numa discoteca em Milão, Itália.O documentário mostra nas gravações com as falas dos agressores como a cultura do estupro faz vítimas em todo o mundo. O Brasil, por exemplo, registrou um crime de estupro a cada seis minutos em 2023.Com um total de quase 84 mil casos, um aumento de 6,5% em relação a 2022. As mulheres são a maioria das vítimas. Os dados são do 18º Anuário Brasileiro de Segurança Pública.A expressão “cultura do estupro” não é muito utilizada no campo do Direito, mas ficou conhecida após o caso de estupro coletivo de uma adolescente de 16 anos, ocorrido no Rio de Janeiro em 20 de maio de 2016.A cultura do estupro descreve um contexto em que a violência sexual é tratada como algo normal ou insignificante, frequentemente sustentada por atitudes que culpabilizam as vítimas e protegem os agressores. Nessa cultura existe um conjunto de comportamentos e atitudes que permitem a tolerância ao estupro.Robinho tentou minimizar o ato e desqualificar o testemunho da vítima. Esse tipo de atitude reflete uma sociedade onde o respeito à palavra da vítima é frequentemente posto em dúvida, e onde, principalmente, celebridades e figuras públicas tentam escapar das consequências de seus atos, usando sua posição de poder.Para falar sobre a responsabilização das mulheres pelo estupro, o podcast Observatório Feminino deste domingo (17) recebe a especialista em Segurança Pública e Justiça Criminal pela Fundação João Pinheiro e mestre em Psicologia Social pela UFMG, Daniela Tiffany.